Cistite
- Medicatrix Naturae
- 17 de mai. de 2024
- 8 min de leitura

Cistite
A cistite, também conhecida como inflamação da bexiga, é uma condição comum que afeta principalmente mulheres. A cistite pode ser aguda ou crônica.
O povo chama de “cistite” qualquer ardência no canal da urina, que muitas vezes não passa de infecção local ou uretrite. Também é popular o conceito de que “friagem nos pés” ou “friagem na barriga” podem desencadear crises de “cistite”. Realmente, o resfriamento de qualquer parte do corpo pode diminuir a resistência global e assim facilitar o aparecimento de cistite em pessoas suscetíveis.
Cistite Aguda (CA):
A CA é um episódio repentino de inflamação da bexiga, geralmente causada por uma infecção bacteriana. A CA é mais comum em mulheres, especialmente sexualmente ativas, devido à anatomia feminina, que torna mais curto o trajeto da uretra até a bexiga, facilitando a ascensão de bactérias do ânus para a bexiga.
Sintomas da CA:
Dor ou queimação ao urinar (disúria): Este é o sintoma mais comum da CA.
Necessidade frequente de urinar (polaciúria): Mesmo com pequenas quantidades de urina.
Urgência urinária: Sensação súbita e incontrolável de precisar urinar.
Dor pélvica ou abdominal: Pode ser sentida na parte inferior do abdômen ou nas costas.
Sangue na urina (hematúria): Um sinal em alguns casos.
Urina turva ou com odor forte: Pode indicar a presença de bactérias.
Causas da CA:
A causa mais comum da CA é a infecção por bactérias, geralmente Escherichia coli (E. coli), uma bactéria intestinal que entra na bexiga através da uretra. Outros fatores de risco para CA incluem:
Atividade sexual: A atividade sexual frequente, especialmente com novos parceiros, aumenta o risco de CA.
Uso de produtos de higiene feminina: O uso de alguns produtos de higiene feminina, como sprays desodorizantes ou duchas vaginais, pode irritar a uretra e aumentar o risco de CA.
Menopausa: As mulheres na menopausa podem ter menor produção de estrogênio, o que pode levar ao afinamento do revestimento da uretra e da bexiga, tornando-as mais suscetíveis a infecções.
Obstruções do trato urinário: Cálculos renais ou tumores podem obstruir o fluxo de urina e aumentar o risco de infecção.
Sistemas imunodeprimidos: Pessoas com sistemas imunodeprimidos, como diabetes ou doenças autoimunes, podem ter maior risco de infecções do trato urinário, incluindo CA.
Diagnóstico da CA:
O diagnóstico da CA geralmente é feito com base em um histórico médico completo, exame físico e exames complementares:
Exame físico: O médico pode realizar um exame físico para verificar sinais de infecção, como dor abdominal ou sensibilidade na bexiga.
Exame de urina: Um exame de urina pode detectar a presença de bactérias, glóbulos brancos e sangue na urina.
Cultura de urina: Uma cultura de urina é um teste que confirma a presença de bactérias e identifica o tipo de bactéria causadora da infecção.
Outros exames: Em alguns casos, outros exames, como ultrassom abdominal ou tomografia computadorizada (TC), podem ser necessários para descartar outras causas de sintomas.
Tratamento da CA:
O tratamento da CA geralmente consiste em antibióticos orais por 3-7 dias. A escolha do antibiótico depende do tipo de bactéria causadora da infecção.
Medicação para dor: Analgésicos de venda livre, como paracetamol ou ibuprofeno, podem ajudar a aliviar a dor e o desconforto.
Hidratação: Beber bastante água ajuda a diluir a urina e reduzir a irritação da bexiga.
Evitar irritantes: Evitar bebidas cafeinadas, alcoólicas e ácidas, além de alimentos picantes, pode ajudar a aliviar os sintomas.
Prevenção da CA:
Algumas medidas podem ajudar a prevenir a CA:
Beber bastante água: Manter-se hidratado ajuda a eliminar as bactérias da bexiga através da urina.
Urinação frequente: Urinar com frequência, mesmo que não sinta vontade, ajuda a evitar que as bactérias se multipliquem na bexiga.
Higiene após ir ao banheiro: Limpar-se de frente para trás após ir ao banheiro ajuda a prevenir a transferência de bactérias para a uretra.
Uso de preservativos: Usar preservativos durante a relação sexual pode ajudar a reduzir o risco de infecções sexualmente transmissíveis que podem levar à CA.
Trocar produtos de higiene feminina com frequência: Trocar tampões ou diafragmas a cada poucas horas pode reduzir o risco de infecção e irritação da bexiga. As bactérias podem proliferar em um ambiente úmido e quente, e trocar os produtos de higiene feminina com frequência ajuda a manter a área limpa e seca, diminuindo assim o risco de crescimento bacteriano.
Outros pontos importantes:
Lavar as mãos: Lave as mãos com água e sabão antes e depois de manusear os produtos de higiene feminina.
Usar o tamanho correto: Use tampões ou diafragmas do tamanho correto para evitar vazamentos e irritação.
Remover com cuidado: Remova os tampões ou diafragmas com cuidado e descarte-os adequadamente.
Consultar um médico: Se você sentir qualquer desconforto, irritação ou corrimento vaginal anormal, consulte um médico.
Lembre-se:
A higiene íntima é importante para a saúde geral da mulher.
Escolha os produtos de higiene feminina que melhor se adaptem às suas necessidades.
Consulte um médico se tiver dúvidas ou preocupações.
Além disso, é importante mencionar que:
Existem alternativas aos tampões e diafragmas: Copos menstruais, calcinhas menstruais e discos menstruais são opções que podem ser mais confortáveis e saudáveis para algumas mulheres.
Cada corpo é diferente: O que funciona para uma pessoa pode não funcionar para outra. É importante experimentar diferentes produtos e encontrar o que funciona melhor para você
Cistite Crônica (CC)
A CC é uma condição caracterizada por inflamação persistente da bexiga, que pode durar semanas, meses ou até anos. A CC pode ser muito debilitante e afetar significativamente a qualidade de vida.
Tipos de CC:
Cistite intersticial (CI): É o tipo mais comum de CC, com causa desconhecida. A CI causa dor, desconforto e frequência urinária.
Cistite bacteriana recorrente (CBR): Caracterizada por episódios repetidos de CA em um curto período de tempo.
Cistite de radiação: Causada pela radiação usada no tratamento do câncer pélvico.
Cistite química: Causada por produtos químicos irritantes, como aqueles encontrados em alguns produtos de higiene feminina ou espermicidas.
Sintomas da CC:
Os sintomas da CC podem variar de pessoa para pessoa, mas geralmente incluem:
Dor pélvica ou abdominal: A dor pode ser constante ou intermitente e pode piorar durante a relação sexual.
Necessidade frequente de urinar (polaciúria): Mesmo com pequenas quantidades de urina.
Urgência urinária: Sensação súbita e incontrolável de precisar urinar.
Disúria: Dor ou queimação ao urinar.
Sangue na urina (hematúria): Um sinal em alguns casos.
Urina turva ou com odor forte: Pode indicar a presença de bactérias.
Causas da CC:
A causa da CC nem sempre é clara, mas alguns fatores podem estar envolvidos:
Fatores imunológicos: Anormalidades no sistema imunológico podem levar à inflamação da bexiga.
Fatores genéticos: A CC pode ter um componente genético, com maior risco em pessoas com familiares com a doença.
Danos nos nervos da bexiga: Lesões ou doenças que afetam os nervos da bexiga podem causar dor e outros sintomas de CC.
Infecções: Infecções repetidas do trato urinário podem aumentar o risco de desenvolver CC.
Fatores hormonais: Alterações nos níveis hormonais, como durante a menopausa, podem afetar o revestimento da bexiga e aumentar o risco de CC.
Diagnóstico da CC:
O diagnóstico da CC pode ser desafiador, pois os sintomas podem ser semelhantes a outras condições. O médico pode realizar um histórico médico completo, exame físico e exames complementares:
Exame de urina: Um exame de urina pode detectar a presença de bactérias, glóbulos brancos e sangue na urina.
Cultura de urina: Uma cultura de urina é um teste que confirma a presença de bactérias e identifica o tipo de bactéria causadora da infecção.
Cistoscopia: Um exame que usa uma câmera minúscula para visualizar o interior da bexiga.
Exames de imagem: Exames como ultrassom abdominal ou tomografia computadorizada (TC) podem ser usados para descartar outras causas de sintomas.
Teste de potássio intravesical: Um teste que mede a sensibilidade da bexiga ao potássio.
Tratamento da CC:
O tratamento da CC varia de acordo com o tipo e a gravidade dos sintomas. O objetivo do tratamento é aliviar a dor, reduzir a frequência urinária e melhorar a qualidade de vida.
Medicação: Diversos medicamentos podem ser usados para tratar a CC, como anti-inflamatórios, antidepressivos tricíclicos, neuromoduladores e botox.
Fisioterapia: A fisioterapia do assoalho pélvico pode ajudar a fortalecer os músculos da bexiga e do assoalho pélvico, o que pode reduzir a dor e a frequência urinária.
Terapia comportamental: A terapia comportamental pode ajudar a lidar com a dor e o estresse associados à CC.
Estimulação nervosa: Técnicas como a estimulação nervosa percutânea (TENS) ou a neuromodulação sacral podem ajudar a aliviar a dor.
Cirurgia: Em casos graves, a cirurgia pode ser uma opção para reconstruir a bexiga ou desviar a urina.
Prevenção da CC:
Embora não haja uma maneira segura de prevenir a CC, algumas medidas podem ajudar a reduzir o risco de desenvolver a doença ou controlar os sintomas:
Beber bastante água: Manter-se hidratado ajuda a diluir a urina e reduzir a irritação da bexiga.
Evitar irritantes: Evitar bebidas cafeinadas, alcoólicas e ácidas, além de alimentos picantes, pode ajudar a reduzir os sintomas.
Micção completa: Esvaziar completamente a bexiga quando urinar pode ajudar a prevenir o acúmulo de bactérias.
Tratamento precoce de infecções do trato urinário: O tratamento precoce e adequado das infecções do trato urinário pode ajudar a prevenir o desenvolvimento de CC.
Gerenciamento do estresse: O estresse pode piorar os sintomas da CC. Técnicas de relaxamento, podem ser úteis.
Tratamento Natural para Cistite
Banhos e outros procedimentos
Os banhos quentes de assento e os escalda-pés ajudam a aliviar as dores. Não devem, entretanto, ser muito quentes. Aplicações de argila misturadas com água morna no abdome são úteis para aliviar as dores na fase aguda. Usam-se banhos de assento com diferentes plantas (chás concentrados), como camomila, malva e salsa (uma delas).
Fora da fase aguda, banhos vitais e genitais são úteis para aumentar a resistência do sistema gênito-urinário. No caso de infecções vaginais, irrigações diárias com o decocto filtrado de barbatimão e jequitibá (casca) são recomendadas pelos terapeutas naturistas.
Alimentação
Dieta terapêutica natural
Na fase aguda podem-se fazer várias refeições de melancia ou melão, sem misturar com outro alimento.
Pode-se adotar, regularmente, a dieta naturista, leve e com uso moderado de sal. Não ingeri alimentos industrializados, latícinios e carnes, enquanto não passar a fase aguda.
E você poderá tomar chá de cavalinha com espinheira-santa meia hora antes do desjejum.
Desintoxicação para alívio dos sintomas
Consultar seu provedor de saúde para a recomendação adequada ao seu caso.
Plantas
Chás diuréticos como cavalinha, alfavaca, cana-de-macaco, quebra-pedra, dente-de-leão, cabelo de milho, uva-ursina, borragem, mil-em-rama e carqueja. Podem-se usar três a seis xícaras ao dia, da mistura de duas ou três plantas disponíveis, ou conforme critério profissional. Para acalmar o sistema nervoso, sempre irritável nessas situações, aconselha-se misturar ainda camomila às demais plantas. Cozinhar por uns três minutos. Acrescer 10 gotas de própolis a 30% em cada xícara de chá. Dosagem usualmente indicada: Duas colheres, das de sopa, das ervas picadas para meio litro de água. Preparar na forma de decocção ou cozimento.
São também empregadas no alívio das dores: losna, carqueja, cardo-santo e parietária. Usar o infuso (derramar água fervente sobre as plantas), na dose de uma colher das de sopa para meio litro de água. Três xícaras ao dia.
O sumo da salsinha, misturado com o decocto, é considerado excelente no tratamento de cistites. Preparar o decocto das folhas (6 colheres das de sopa para um litro de água) e misturar, quando ainda morno, com 50 ml de suco puro das folhas. Tomar um litro dessa mistura ao longo do dia
aos goles.

Atenção: O seu provedor de saúde (Naturopata) tem outras opções mais eficazes e rápidas de tratamentos naturais que não podem ser publicadas neste post porque requer dosagens personalizadas ao caso e também acompanhamento.
Conclusão:
A cistite é uma inflamação da bexiga que pode ser aguda ou crônica. A CA é geralmente causada por infecção bacteriana e apresenta sintomas como dor ao urinar, frequência urinária e urgência urinária. O tratamento da CA geralmente consiste em antibióticos. A CC é uma condição mais complexa com causas menos definidas. Os sintomas da CC são semelhantes aos da CA, mas podem ser persistentes. O diagnóstico da CC pode ser desafiador e o tratamento depende do tipo e da gravidade dos sintomas. Pessoas com suspeita de cistite devem procurar um médico para diagnóstico e tratamento adequados.
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